Alan Moore – Um Sítio no Planeta Mongo

Ufa! Finalmente estou de volta! Tenho algumas novidades (nem tão novas assim) que irei comentar nos próximos dias! No início do mês participei de um evento da Paramount semelhante ao que Mariane Morisawa relatou em uma matéria publicada no portal UOL que comentei aqui. Só que ela estava em Londres e eu, em São Paulo.

A empresa realizou sessões especiais para jornalistas e exibidores em várias cidades da América Latina para promover seus principais lançamentos deste início de ano: Watchmen e Jornada na Estrelas/Star Trek. Como fizera em Londres com Watchmen no ano passado, foram apresentados 30 minutos de cada filme no dia 8 de janeiro, uma quinta-feira à noite no Bristol, Avenida Paulista. Para entrar tivemos que deixar os celulares na portaria (como é de praxe em eventos desse tipo) e quando cheguei já havia muita gente no saguão e garçons servindo… champagne. Mas o que importava mesmo era a sessão que muitas pessoas ali aguardavam ansiosas.

Dentro da sala de cinema quase lotada com cerca de 500 pessoas, houve uma breve apresentação do que iríamos ver e a projeção começou. Primeiro Zack Snyder aparece na tela pedindo desculpas por “não estar presente naquela sessão” e explica quais são os trechos do filme que iremos assistir: foram as mesmas cenas mostradas em Londres, mas lá ele estava presente e respondeu às perguntas dos jornalistas depois da exibição. A impressão que Mariane teve depois de assistir aos 30 minutos de cenas editadas do filme Watchmen, foi a mesma que a maioria dos presentes naquela sessão em São Paulo teve: Snyder entende do riscado e fez um filme brilhante. Ele sabe fazer um trabalho denso e, ao mesmo tempo, com muita ação e tensão crescente. A criação suprema de Alan Moore e Dave Gibbons parece sair dos quadrinhos e ganha vida nas telas do cinema!

A seguir J.J. Abrams apresentou seu trecho de 30 minutos de Jornada nas Estrelas/Star Trek. Aqui ele também pede desculpas “por não estar presente à sessão” e dá uma breve explicação do que iremos assistir. Vemos então um jovem Kirk rebelde sem causa dando uma cantada na Uhura para, logo em seguida, brigar com vários membros da Frota Estelar num bar de segunda.

E, se você achava que toda essa história do início da amizade de Kirk-Magro-Spock iria ser contada por um Sr. Spock ancião relembrando suas memórias, pode esquecer. O velho Spock (e bota velho nisso!) faz uma viagem no tempo, encontra o jovem Kirk e aproveita para orientá-lo numa crise! [Caramba! Eu detesto soluções de roteiro que utilizem viagens no tempo!] Depois disso os jovens personagens se envolvem numa emergência na Enterprise e começam a falar tanto, discutir tanto, além de haver tanto movimento de câmera que ficou até difícil acompanhar o que estava acontecendo na tela! Dá para ficar atordoado. De qualquer maneira, o Kirk parece ter sempre razão!

Mas, resumindo… quem é fã de Jornada nas Estrelas vai gostar de ver a nova turma em ação. Pelo menos foi isso que descobri depois da sessão conversando com alguns dos presentes.

Particulamente não gostei da solução do Spock do futuro encontrar o novo Kirk. Também ainda não estou muito convencido com a escolha dos atores que interpretam Kirk (Chris Pine) e Spock (Zachary Quinto). Ok… pode ser uma resistência minha, mas ainda acho que falta alguma coisa neles. Também não gostei da câmera nervosa do J.J.Abrams. Não acredito que ele seja um bom diretor, mas posso estar redondamente enganado (tomara). Porém, fiquei absolutamente satisfeito com a Uhura (Zoe Saldana), Sr. Sulu (John Cho), Dr. McCoy (Karl Urban), Christopher Pike (Bruce Greenwood) e Chekov (Anton Yelchin). De qualquer maneira é um filme que está marcado para o sucesso e irá renovar a série criada por Gene Roddenberry. Vamos aguardar o dia 8 de maio!

As fotos que ilustram este texto podem ser ampliadas em ótima resolução. Clique nelas!

Neste blog você também pode ver (e baixar) papéis de parede de Watchmen, O Filme e Jornada nas Estrelas/Star Trek.

Ontem, o portal UOL publicou em sua página de cinema a matéria “Diretor de Watchmen diz que cedeu a pressões dos produtores“. Ao ler esse título, imediatamente pensamos “Pronto! Lá vem bomba! Zack Snyder brigou com os produtores e o filme dos controvertidos personagens recriados por Alan Moore vai perder sua essência!!!” Bobagem… não é nada disso o que está escrito no texto, embora o título – sensacionalista – dê essa falsa impressão. O diretor comentou sobre a possibilidade de o filme não receber a classificação PG13 e os cuidados que ele – a pedido dos produtores – teve para que o filme ficasse dentro dessa classificação. Pronto! Foi só ele falar isso no meio de outras declarações importantes que a manchete ganha um tom panfletário!

Na matéria publicada ontem no site do UOL, Mariane Morisawa conta como foi a exibição especial de 30 minutos do filme Watchmen numa sala praticamente lotada do Vue West End, em Londres. Apresentada pelo próprio diretor do filme, Zack Snyder, a seção mostrou três seqüências do filme: o início; outra com o Dr. Manhattan em Marte e uma cena de luta com o Coruja e Espectral (veja foto menor acima à esquerda). Depois da sessão, o diretor respondeu às perguntas dos jornalistas junto com o desenhista Dave Gibbons. Falou como ficou “embasbacado” depois de ler Watchmen pela primeira vez e a definiu como “a história em quadrinhos que mudou o jeito como essa mídia é percebida”. Mesmo assim, o diretor nunca havia pensado em transformá-la num filme, mas quando o convite da Warner veio, ele resolveu aceitar para que a fantástica história criada por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons não caísse nas mãos de “alguém que não fosse fiel ao espírito da graphic novel”.

Gibbons explicou porque Alan Moore não aceitou participar e, finalmente, Zack Snyder contou como teve que negociar com os produtores para que o filme não fosse classificado acima de PG13. Num tom sensato, o diretor afirmou que “foi uma relação em que ambos os lados tiveram de ceder. Não quero ser um idiota e dizer que este é meu filme de arte, que não me importo com o público. Quero que muitas pessoas assistam e tenham essa experiência”. Snyder acha que o público quer uma razão para ir ao cinema e quer ver algo novo. “Espero que Watchmen lhes dê isso”, concluiu.

No final do texto, Mariane Morisawa faz uma análise sobre o que viu naqueles 30 minutos de exibição: “O diretor Zack Snyder é, no mínimo, habilidoso com as imagens, especialmente com as cenas de ação. A cena de abertura é uma luta não só bem coreografada como bem filmada. Não há aquela câmera balançando, aqueles golpes que você não sabe de onde vieram – nem para onde foram*. Tudo é milimétrico.” E conclui, deixando os fãs muito animados ao afirmar que “Watchmen não é um material simples, para quem gosta dos super-heróis normais. Mas, pelas cenas apresentadas, tem energia e ação de sobra para ser mais um sucesso de bilheteria.”

*A propósito dessa observação da Mariane:
Pois é… não é qualquer diretor que sabe realizar cenas de ação. Alguns acham que basta colocar a câmera balançando no meio da agitação e tudo se resolve. Várias cenas de ação do último filme do 007 têm essa caracteristica: é tanto movimento que o espectador não sabe o que está acontecendo. Diferente do tenso e brilhante 007 Cassino Royale, a continuação que está agora em cartaz, tem um roteiro bem mais fraco e cenas de ação desnorteantes.

Para ler toda a matéria de Mariane, clique aqui. Veja imagens e leia tudo o que foi publicado sobre Watchmen neste blog. Assista ao excelente segundo trailer do filme. Baixe, também, papéis de parede.