Naiara de presente


Este blog ganhou um presente no último dia 21 do leitor Gustavo Machado: ele postou um comentário no texto Vende-se Naiara, de Nico Rosso, onde compatilha com todos os nossos visitantes o seu ótimo trabalho de digitalização da revista Naiara, A Filha de Drácula, número 4, de seu acervo pessoal, cuja a história é A Teia Diabólica.

Publicada pela Editora Taika no final dos anos 60, Naiara foi criada pela tarimbada roteirista Helena Fonseca, que já escrevia as histórias de Drácula para a mesma editora. As duas primeiras edições foram desenhadas por Juarez Odilon, mas o mestre Nico Rosso, que também desenhava as hitórias de Drácula, deu forma definitiva à personagem a partir da terceira edição.

Apesar de ser filha do Príncipe das Trevas, a temível vampira odiava o pai e lutava contra seu domínio. Ao contrário dele, Naiara preferia beber o sangue de suas vítimas numa enorme taça de cristal em um sofisticado ritual erótico (como se pode ver na página abaixo). Aliás, o homem que esnoba a vampira na página publicada acima terá sérios problemas no desenrolar da história…
Digitalizadas em ótima resolução, as 36 páginas da revista podem ser baixadas neste link. A capa da revista, desenhada por Nico Rosso, e três páginas desenhadas pelo mestre e seus fiéis assistentes, João Rosa e Kasuhiko, ilustram este texto e podem ser baixadas em alta resolução. Elas foram tratadas antes de serem postadas aqui.

NESTE LINK, o fã de Naiara e de Nico Rosso poderá baixar também um wallpaper para ser usado em seu desktop feito a partir da capa da revista.

Gustavo já colocou à disposição dos leitores outras revistas digitalizadas. Em breve nós daremos o destaque devido a esses outros escaneamentos.

Vende-se Naiara, de Nico Rosso

Naiara 6 - Clique para ampliarNaiara 8 - Clique para ampliar
Fuçando no Mercado Livre encontra-se coisas há muito esquecidas. Esta
semana apareceram dois exemplares de Naiara, a Filha de Drácula, do fim
dos anos 60, da Editora Taika, que dominava o mercado de terror na
época. Naiara era desenhada por Nico Rosso e às vezes chegava a ser mais
cruel que o pai. Com a ajuda de uma secretária corcunda e seu jeitão
sexy seduzia os homens para beber o sangue deles. E tudo altamente
erótico para a época, num tempo que pernas de fora e um decote um pouco
mais ousado eram o máximo de atrevimento até onde uma revista podia ir.

Para ver o leilão da revista Naiara, a Filha de Drácula, número 6, de 1968, clique aqui. E, para ver o leilão da número 8, também de 1968, clique aqui.
Para baixar papéis de parede do Drácula, clique aqui. Para baixar as capas das revistas acima em alta resolução, clique nelas.

Os papa-fina da profissão

Na revista Reis do Faroeste – 3ª série, número 14, de fevereiro de 1971 – que, na época, apresentava as aventuras de Cheyenne –, foi publicada na seção Notícias em Quadrinhos, mais outra nota bem interessante sobre os encontros acontecidos durante o 1º Congresso Internacional de História em Quadrinhos. Eis a foto e o texto original:

Adolfo Aizen e os desenhistas papa-fina
Dois editores e cinco grandes do desenho: da esquerda para a direita, vemos Jayme Cortez, Maurício de Sousa, Eugenio Colonnese, Adolfo Aizen, Henrique Lipszic, Nico Rosso e Manuel César Cassoli. No mundo encantado das Histórias-em-Quadrinhos, todos os conhecem. Os editores são da Ebal e da Taika – um do Rio, e outro de São Paulo. Os desenhistas são a papa-fina da profissão. Jayme Cortez, autor de Dick Peter. Maurício de Sousa, o desenhista de Mônica e Cebolinha, é o primeiro brasileiro a industrializar os seus bonecos. Eugenio Colonnese, que se destacou com a Chamada Geral, edição comemorativa do 25º aniversário da Editora Brasil-América e agora ilustrando grandes feitos da História do Brasil: Independência, Libertação dos Escravos, República e outros. Enrique Lipszie, diretor da Escola Pan-Americana de Arte, movimentando centenas de siderados pelas histórias-em-quadrinhos. O grande Nico Rosso, nosso amigo de muitos anos, autor de uma grande parte das quadrinizações de Grandes Figuras do Brasil e de dezenas de quadrinizações de romances brasileiros para Edição Maravilhosa. Poucas vezes juntaram-se tantos heróis numa só fotografia. Mas tal fato ocorreu por ocasião do Congresso Internacional de Histórias-em-Quadrinhos, realizado em São Paulo. E a foto foi tirada na recepção que Enrique Lipszic ofereceu aos congressistas, em sua residência de Santo Amaro.